quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Paranóide

Senti minha frequência cardíaca aumentar de forma concisa. Olhei para todos os lugares e para lugar nenhum, fiquei perdido e um labirinto com paredes esculpidas  por uma grande e densa cortina de fumaça.
Daqui pouco se vê. Só que o humor está depressivo.
__ Uma mesa em um canto qualquer, por favor, de preferência bem escondida.
Quando a adrenalina aumenta, quando os vasos sanguíneos se contraem, tudo vira nada, tudo para, tudo gira lentamente.
Vencer sendo derrotado. Autossatisfação.
Que dor confusa, hora machuca hora cura. Perdido na inércia da cápsula vazia eu aproveitei cada segundo da perfeição. Fiquei vazio de tudo e de todos, fiquei cheio de mim mesmo.
Efeito colateral que nem o sono pode curar. Essa tal psicose maníaco-depressiva que nem é minha. Quando eu acordar, sei que tudo isso vai continuar.

3 comentários:

  1. Um corajoso experimentalista tanto na vida pessoal como na sua arte, muito intenso. Revolucionário na forma e na temática da sua poesia. Beijo

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  2. Obrigado Fernanda. É um texto complexo e para poucos, que bom que entendeu, fico feliz por pessoas como você lerem meu blog. Obrigado

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